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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Nossa, quanto tempo

Como eu não posto a muito tempo vou fazer um parágrafo pra casa coisa que aconteceu nesses ultimos tempos. Tenho certeza que vou esquecer algumas coisas, porque a mente humana é falha, principalmente a minha, mas é melhor do que nada.

Comem muita batata na minha casa. Muita batata. Nesses quatro meses, não consigo lembrar uma vez na qual não teve batata de alguma forma na mesa. O mais fascinante é o número de coisas que dá pra fazer com batata. Dá para fazer purê, sauté, gratinada, assada, cozer, e variações. Dá pra cansar delas também. Então hoje, quando a minha host mom falou que não tinha batata, eu senti uma mistura de incredulidade e esperança, que não duraram muito porque 10 segundos depois ela achou as batatas.

Sexta feira passada nevou bastantão, e eu fiquei eufórica. Sério. Melhor que ganhar na mega sena. Sorri tanto que fiquei com cãibra no maxilar. Mentira. Mas eu sorri bastante. Chegando na escola descobri que não teria aula por causa da neve, e eu e uns amigos da aula de teatro fizemos guerra de bola de neve. Foi divertido e congelante. Daí fomos assistir Les Misérables numa sessão vazia porque quase ninguém se aventurou a sair de casa num dia de neve. Metade dos trens foi cancelada, a outra metade foi atrasada. Mas isso não manchou meu humor, e eu fui para casa feliz da vida com sentimento de missão cumprida. Infelizmente, não nevou de novo. Mas ainda tem neve nas ruas e nos carros e nas casas (embora minha amiga holandesa ter dito que não é mais neve, é gelo. Pra mim ainda é neve. Tem gelo também, mas ainda tem neve).

Eu morava com uma alemã, que supostamente ficaria aqui por dois anos, estudando os A Levels como eu. Entretanto, ela foi embora. Pra Alemanha. Para todo o sempre. Na verdade, ela nem voltou depois dessas duas semanas de férias de inverno que tivemos. Só voltou segunda passada pra pegar as coisas dela. Foi bem triste, porque embora ela fosse quieta e emburrada metade do tempo, eu gostava dela. Mas já planejamos de eu ir visitá-la quando for esquiar nos Alpes na Alemanha. Num futuro próximo.

Como ela foi embora, eu saí do meu quarto que era triste e sozinho e grande no andar de baixo, e fui pro dela que é no mesmo andar  que todo o resto, e tem um banheiro. AGORA EU TENHO UM BANHEIRO SÓ PRA MIM. Muito feliz. O único problema é que a torneira quente tem uma goteira. Mas quem precisa de água quente, não é mesmo?

Terça feira passada foi aniversário de uma das minhas host sisters, e a minha host mom queria fazer um bolo que ela havia visto numa loja, que era basicamente um bolo de chocolate com uma pirâmide de marshmallows em cima. Quatro pacote de marshmallows depois, concluímos que o que importava era que a gente tentou.

Domingo nós almoçamos na casa da minha host vó por parte de host mom, e ela tem uma casa bem pertinho da praia (praia que eu não vi, porque tava nublado e escuro e com neve por todo lado). Ela tem uma casa super charmosa, COM UM RELÓGIO DE PÊNDULO (que não funciona, mas quem liga), e um quintal grandão. A minha host mom me mostrou umas fotos antigas de quando ela era criança, e eu fiquei sabendo de umas histórias da família durante o almoço.

É isso, creio eu.


Um comentário:

  1. Jú, você escreve muito bem, minha filha! Por alguns milionésimos de centésimos de segundos me pareceu que você de fato pertence a essa vida que você leva aí...

    Não demore tanto para escrever de novo, ok?

    Beijos!!!!

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