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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Os seres humanos

Como são as pessoas aqui, afinal?

Bem.

Legais.

~Fim~













Agora sério.
Antes de vir para cá, fiz umas sérias sessões de stalkeamento pelo facebook, e conheci umas meninas brasileiras que já tinham feito intercambio aqui, ano passado. Basicamente, eu aprendi que: fazer amizade com ingles é difícil, com estrangeiros é mais fácil, mas com brasileiro nem precisava de esforço.

É verdade.

Antes de viajar eu tinha essa resolução: Não farei amizade com brasileiros.
Não, isso é muito extremo. Era assim: Não andarei só com brasileiros.
Mas falar é facil.

A verdade é que, principalmente por ter chegado depois de todo mundo, fazer amizade não foi assim tão fácil. As pessoas já tinham se conhecido, e já haviam formado seus grupos. É natural que, quando você chega num lugar desconhecido onde falam outra lingua, você se junte àqueles que compartilham sua nacionalidade. É uma coisa em comum! E é bem mais fácil do que tentar falar ingles com alemães, japoneses, holandeses, espanhóis, russos e, é claro, ingleses.

Então eu cheguei e só ficava com brasileiros. A timidez me impediu de falar com os outros,e eu estava consciente disso. Mas, aos poucos eu fui ficando confortável e começava a falar com os outros. E os outros até que são bem simpáticos!

Como todos temos um objetivo em comum, fazer amizade com estrangeiros não é dificil. Todos nós temos uma certa dificuldade com a lingua, portanto a paciência é maior quando você não entende o que alguém diz ou não sabe falar algo.


Agora, os locais....

O problema é o seguinte: São muitos intercambistas. Não é nenhuma novidade, você os vê todo dia. Portanto, não há assim um interesse tão grande por parte dos locais. Os ingleses não saem do lugar deles para ir falar com você, perguntar de onde você é, o que está achando. Imagina, fazer isso com todo mundo que é de fora?
Mas isso não quer dizer que não sejam simpáticos. Nas minhas aulas, quando eu não sei falar alguma coisa ou faço uma pergunta, sempre ajudam. São simpáticos, sim, mas se você quer fazer amizade com algum, quem tem que dar a iniciativa é você.

(Falo como se fosse expert, mas essa é só a minha impressão ok)

A NÃO SER QUE VOCÊ FAÇA TEATRO. Porque artistas são bizarros.
Os ingleses do teatro já chegaram me abraçando, pedindo pra ensinar portugues, brincando desde o primeiro segundo. É. Sorte. Eu gosto. É engraçado.

Hoje no recreio ficamos tentando explicar como é que o Viagra funciona para uma menina japonesa. O que é dificil, já que ela não entendia o que era penis. Dá pra imaginar.

Mas enfim. É isso. E é incrível conversar com gente do mundo inteiro e aprender um pouquinho sobre cada país.

Aliás, já cansei de falar que não falo brasileiro. Sério. É bem comum perguntarem como que fala isso ou aquilo em brasileiro. É.

Perdoem qualquer erro de gramática.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A Escola

A escola é essa, e tem um nome extremamente criativo: http://www.chichester.ac.uk/

Depois de três semanas estudando aí, já tenho uma boa ideia de como as coisas funcionam. Fiz uma lista das coisas boas e das coisas ruins de Chi College:

O que é ruim (os dois primeiros pontos são relativos.)

- Ela é enorme. Tem uns 6 prédios diferentes, duas areas com lanchonetes separadas, muitos campos de esporte, e até metade de um avião (para uns cursos aí). SEIS PRÉDIOS. Até hoje não fui em todos eles, e achar minhas salas no começo foi uma luta.

- Tem MUITOS alunos. Não tenho certeza de quantos. Mas eu chutaria 5 mil. Preciso checar. E MUITOS desses alunos são intercambistas, o que me leva ao próximo motivo:

- Desorganização. Aparentemente, esse anos o numero de intercambistas dobrou. Um exemplo: Ano passado haviam menos de 10 brasileiros. Esse ano tem 30. E o colégio não está sabendo lidar com todo mundo. Não está sabendo MESMO. Principalmente com os brasileiros, já que todos nós precisamos fazer as mesmas matérias, basicamente ( porque o MEC manda).

Então houveram milhares de problemas com as "timetables" de todos os alunos brasileiros. Muitas das aulas estavam cheias (principalmente pra mim, que cheguei depois), então o colégio ignorou as nossas escolhas de matéria e simplesmente nos colocaram onde havia espaço. O que resultou em algumas salas só de brasileiros. Como em Maths e Citizenship. Só brasileiro.

O que não é o que ninguém queria. Vir pra Inglaterra e só ter aula com brasileiro.

Há, entretanto, certos profissionais no colégio do departamento de estudantes internacionais que foram designados para nos ajudar nos nossos problemas. Para algumas pessoas eles não ajudaram muito, mas para mim, sim. Deve ser o meu charme.

Então consegui dar uma certa mudada nas minhas matérias, e minha timetible ficou quase do jeito que eu queria. Minhas aulas, portanto, são:

Maths, Classical Civilisation, English for foreigns, Human Biology e Acting.

Então eu não fiquei assim tão revoltada. No fim.

Tirando esses problemas, a escola até que é bem legal.


O que é bom:

- É enorme. Cada prédio é para uma área: Há um prédio para os A-Levels, um para Performing Arts, uma para o resto das Artes, tem laboratório de impressão e fotografia, estúdio de arte e moda, um prédio para esportes (tem até parede de escalada), e assim vai (digo isso porque não tenho certeza sobre os outros prédios).

- Tem muitos alunos. Sempre dá para fazer novas amizades, é impossível conhecer todo mundo. E tem gente do mundo todo.

-Todas as salas tem projetores, e os professores (que, na minha opinião, são bons) quase não escrevem nada da lousa. Aliás, a maioria dos slides que eles passam nas aulas está disponível no site do colégio, então não há necessidade de copiar tudo. Mas mesmo assim todo mundo copia algumas coisas, adicionando alguns comentários feitos pelos professores.

-Os banheiros são limpos e não fedem.

-Tem muitas opções de comida, embora a maioria não seja muito saudável. Tem até um Subway.

-Quando a aula tem mais de duas horas, sempre há um intervalo de meia hora ou quinze minutos.

-O almoço é de uma hora.

-Há um programa social para alunos internacionais, ou seja: viagens para cidades próximas, filmes, boliche e coisas do gênero.

-Também existe uma espécie de grêmio estudantil, mas eu ainda não tenho muita certeza de como ele funciona.


Acho que é isso. É. Tchau.




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Chichester, baby

Acontece que cheguei nessa linda e simpática cidade no sábado, ao fim da tarde. Vamos recapitular:

SEXTA: Adeus aos coleguinhas e familiares, chororô, avião. (Foi na verdade bem trágico, porque eu chorava na sala de embarque e as pessoas me olhavam torto)

 Não são palhaços.
SÁBADO: Sente na fileira do meio, ao lado de uma família simpática da Goiânia que morava em Brighton ( Na verdade, mãe e filho moravam. Tinha o afilhado junto, que ia fazer intercâmbio). Um moço muito simpático estava na fileira do lado, roncando como se não houvesse amanhã. Sério. Tive que colocar a música no máximo pra conseguir dormir. Não sei como o resto dos passageiros conseguiu. Ele roncava MUITO. ALTO.

Cheguei em Londres às 15h e bolinha e, depois de muita luta pra colocar os monstros que chamamos de mala num carrinho que insistia em só andar pra direita, achei o motorista que me levaria até Chichester. O nome dele é Richard. Digam "Oi, Richard". 




Depois de mais ou menos duas horas, um pouco de trânsito, muitas árvores e colinas, ovelhas, CAVALOS, porcos e e campos, chegamos em casa. TA DAAAAAAAM!
 Os lindos cãos. Daisy e Digby, respectivamente.

Meia hora depois de chegar tive que sair de novo. Estava acontecendo o chamado Harvest Festival. Que é mais ou menos Thanksgiving. Quer dizer, é completamente diferente, mas quase a mesma coisa. Eles agradecem pelas plantações e alimentos e tudo, e têm um grande jantar comunitário na igreja. Foi legal. Fiquei balançando bandeirinhas.


DOMINGO: 

Eu e a intercambista alemã, que está na mesma host family que eu, fomos à Chichester. Para você que está confuso: Não moro em Chichester. Não. Eu moro num vilarejo, do lado da cidade. Há milhares deles, e falando assim parece ser mais longe do que realmente é. São menos de 10 minutos de trem. Enfim, Chichester é uma cidadezinha charmosíssima. Bem inglesa. Com pessoas civilizadas e tudo. E TÃO FOFA. TÃO, TÃO FOFA. 

TÃO


FOFA.


Anyways, na hora do almoço a filha mais nova dos meus host parents, a única que ainda mora aqui, chegou (sei lá onde ela passou o fim de semana). Então foi grande almoço em família, no qual eu agradeci aos céus pelos dons culinários da minha host mom. 

A noite tirei tudo das malas. Deu trabalho.
 
Eu trouxe coisas meio inúteis que ocupam espaço tipo isso.








SEGUNDA:

Então hoje eu fui para o college, mas não tive aula. Ha ha ha, a ironia. Fiz uma prova de aptidão de inglês, para saber em que sala estarei nesses próximos dois dias. Isso mesmo, dois dias. É o tempo que demora até a escola arrumar meu horário de aulas (Maths, Chemestry, Communications and Culture e Citizenship). Os alunos internacionais que chegaram no dia certo tiveram uma semana de aulas só de inglês,  mas para não perder mais aulas ainda eu só terei dois dias. O que é bom. 

Então cheguei em casa encharcada e antes da hora, porque - respectivamente- não comprei um guarda-chuva ainda (quem diria que iria chover?) e não tive aulas propriamente ditas.










É isso.

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